Não mete essa de que o amor não existe

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Telmo | São Joaquim de Bicas MG
— Este texto não é um artigo científico

Não venha me dizer que não acredita no amor, não! Guarde seu equívoco, tome um chá, e leia o que eu tenho para te dizer.

Ressalva: Quem acredita no amor não é trouxa. Ele existe, sim, e não me obrigue a usar de grosseria! Dito isso, seguimos aos próximos parágrafos...!

Bem plausível que você se tornou esse ser amargo e desiludido. Posteriormente, há uma sequência de sofrimentos amorosos, casos não correspondidos e desapontamentos, e é aí onde grito touché: se o amor não existe, como ele pôde entristecer a ti? Ora, ora, primeiro ponto para mim.

Sua descrença, mocinha, ou mocinho, quando verbalizada, põe em jogo todas as relações essencialmente estruturadas por esse sentimento, e eu não estou falando de uma ou duas relações, não, são várias, muitas, inúmeras, falo de todas... o que soa, de sua parte, falta de bom-senso e, também, falta de educação. Não se pode sair, assim, descredibilizando os outros.

Eu poderia te dar "n" provas de que o amor existe de verdade, porém vou ser categórico, já que você está ignorando os casais que andam a flutuar de tão felizes pela rua e todas as produções projetadas a partir do sentimento mais comentado no mundo, vou ser simples e chamar sua atenção para (re) escutar o hino atemporal, Evidências, composição de José Augusto. Essa canção é a materialização sonora do amor, é o maior reflexo dessa loucura. Quando tocada, as pessoas expressam todo o love que têm em si, esgoelam, num grande coro, todas as suas relações e os momentos de indefinições, impasses, sofrendo e se deleitando (por se sentirem compreendidas), vivenciando o que há no ato de amar. Evidências é um belo motivo para acreditar de novo na vitalidade do amor, não?!

Teve uma vez que fui numa exposição sobre Leonardo da Vinci (conhecido como: Meu Deus, que cara genial!) e nela descobri que o São João Batista pintado por ele, na verdade, era um de seus afetos e que depois de um rompimento o renascentista escureceu a imagem num manifesto de frustração e desconstrução, a pintura passou por sombreamento onde era mais clara. Leonardo sofria por quem antes amou. Daí eu penso: se o “Leozinho” arranjou espaço na sua, apertada, agenda para se apaixonar. Se o “Leozinho”, uma das maiores figuras da história da humanidade, teve seus momentos amorosos de glória/lama e não foi intocado pelo sentimento (mesmo com todas as suas ocupações e relevância para a humanidade), ah, então, do amor ninguém escapa... além de estar sempre vivo, o amor é um bem comum.

Ficar dizendo que não existe não vai fazer com que ele se torne inexistente, vai, somente, fazer com que você se torne menos receptível.

Tenho para mim, amigona, ou amigão, que o amor é como os raios: você já ouviu seus barulhos, já viu seus clarões, já escutou histórias, só falta que ele te acerte; isso é mesmo motivo para que você fique ranzinza e chateada (o), tem meu acolhimento fraternal, quanto a essa lástima.

(Olha, vê lá, seria melhor que duvidasse da existência de Deus a afirmar a inexistência do amor.)

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