Fio do bigode

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Santos | Divinópolis MG
Quando era criança ouvia do meu pai: “O homem tem que honrar o seu bigode; uma palavra nunca volta atrás; o que está feito, num aperto de mão vira compromisso e honestidade”.

E eu usei da honestidade quando a bolinha de gude foi levemente tocada e, pela verdade, dizia, é sua, tocou mesmo, é sua. Eu usei da honestidade quando na escola a borracha do companheiro ficou na minha carteira e eu gritei. De quem é esta borracha?

Agora, lembrando do meu pai e do seu ensinamento, penso, como está difícil ser honesto! A honestidade parece não ser tão importante Cuidar do próprio nome é honraria de poucos.

Vejo gente de cabelos brancos, já avô de muitos netos, sendo motivo de escândalo para sociedade. Por ser um político desonesto. Vejo um jovem que nem tem maioridade, botando terror na sociedade em nome de uma vida fácil. Vejo um pai e uma mãe de família colocando no colo de uma criança uma babá eletrônica, chamada celular, para ficar livre do choro exigente e caprichoso.

Vejo homem e mulher sem direção nos seus próprios atos, não tendo a quem confiar ou partilhar suas próprias fraquezas. Todos nós sabemos que somos donos de um pequeno tesouro. Mas não sabemos a quem confiar, pois escolher alguém que mereça seu voto de confiança pode ser jogar pérola aos porcos.

Saber quem é honesto e de compromisso com a verdade é tão ou igual difícil saber, se estou ou não sendo injusto com estas poucas palavras. Mas, precisamos saber, mesmo que o bigode não traga respeito, mesmo que a palavra não tenha toda verdade. Eu preciso ter atitudes que sejam motivos de paz, para mim e para toda sociedade.

Honraria ser honesto? Sempre.

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